A produção industrial da Bahia em maio de 2022 teve o maior crescimento do país, quando comparada ao mesmo mês do ano anterior. As informações foram divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (8).

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A variação positiva foi de 0,3% em relação ao mês de abril e representou o maior avanço para um mês de maio no estado desde o início da série histórica do IBGE, em 2003.

Além disso, esse foi o quarto avanço consecutivo, tendo anteriormente registrado 2,0% entre janeiro e fevereiro, 0,2% entre fevereiro e março e 3,0% entre março e abril.

O resultado de maio para a Bahia foi igual ao índice nacional (0,3%), sendo o 9º melhor dentre os 15 locais pesquisados. Destes, 11 apresentaram variação positiva, com os melhores resultados em Amazonas (6,6%), Mato Grosso (4,6%) e Paraná (3,5%).

Segundo a pesquisa, em relação a maio de 2021, a produção industrial baiana também cresceu (26,0%). Este foi o terceiro avanço consecutivo no indicador, após 14 quedas seguidas, registradas entre janeiro de 2021 e fevereiro de 2022.

Apesar do crescimento, o setor fabril da Bahia ainda não conseguiu se recuperar das perdas registradas desde o início da pandemia da Covid-19, e opera num patamar 17,9% abaixo de fevereiro de 2020.

Além do patamar ainda baixo, nos 12 meses encerrados em maio a indústria baiana continua no negativo (-3,9%), frente aos 12 meses imediatamente anteriores. Neste ponto, a Bahia tem o 5º pior resultado do país.

Principais destaques
O crescimento na produção industrial em maio deste ano aconteceu por causa do avanço na indústria de transformação (29,5%). Ao todo, sete das 11 atividades deste tipo de indústria registraram alta.

A fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (211,7%) foi a que apresentou o avanço mais representativo para o resultado positivo do estado de uma forma geral, seguida pela preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (29,0%).

O segmento de derivados do petróleo tem o maior peso na estrutura industrial da Bahia e apresentou o seu nono resultado positivo consecutivo. Em maio, a atividade registrou o segundo maior crescimento desde o início da série histórica, em 2003, e o melhor resultado em 12 anos, desde o recorde registrado em abril de 2010 (212,3%).

Metalurgia teve desempenho ruim em maio, na indústria baiana. — Foto: Pexels
Metalurgia teve desempenho ruim em maio, na indústria baiana. — Foto: Pexels

Por outro lado, houve quedas em 4 das 11 atividades da transformação, sendo as mais relevantes na metalurgia (-33,5%) e na fabricação de outros produtos químicos (-7,7%), que apresentam recuo de 29,5% e 2,6% nos últimos 12 meses.

Porém, o setor com a maior queda no acumulado nos 12 meses encerrados em maio é o da fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias, que apresenta recuo de 92,6% na comparação com os 12 meses anteriores.

Brasil
No acumulado nos cinco primeiros meses do ano, frente ao mesmo período de 2021, a Bahia é um dos cinco estados com resultado positivo, tendo o 2º maior índice do país (8,9%). Já o conjunto Brasil, apresenta queda de menos 2,6%.

No Brasil como um todo, a produção industrial também apresenta queda (-1,9%) quando os 12 meses encerrados em maio de 2022 são comparados com 12 meses imediatamente anteriores. Dos 15 locais estudados, 9 apresentam resultados negativos.