
Banco do Brasil denuncia Eduardo Bolsonaro por declarações consideradas falsas
O Banco do Brasil (BB) protocolou, no dia 24 de agosto, uma denúncia contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) junto à Controladoria-Geral da União (CGU), por meio da Advocacia-Geral da União (AGU). A medida foi motivada por postagens feitas pelo parlamentar nas redes sociais que, segundo a instituição, divulgam informações inverídicas capazes de comprometer a credibilidade do banco e gerar instabilidade financeira.
Em uma das mensagens apontadas no ofício, Eduardo Bolsonaro afirmou que o Banco do Brasil “seria cortado das relações internacionais e caminharia para a falência”. Para a direção do BB, trata-se de uma acusação sem fundamento, que coloca em risco a segurança dos correntistas e pode incentivar saques em massa, criando um ambiente de insegurança desnecessário
Defesa da instituição
A direção da instituição financeira ressaltou que não irá se omitir diante de ataques que prejudiquem sua imagem ou o funcionamento do sistema bancário nacional. O banco garantiu que adotará todas as providências legais para proteger tanto sua reputação quanto a estabilidade de suas operações.
Repercussão política
O caso ganhou destaque também no cenário político. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao comentar sobre o episódio, não citou diretamente o deputado, mas destacou que a disseminação de notícias falsas contra empresas públicas faz parte de uma estratégia de enfraquecimento das instituições brasileiras. Para o ministro, esse tipo de ação coloca em risco não apenas a imagem do Banco do Brasil, mas também a confiança no sistema financeiro como um todo.
O que está em jogo
O episódio evidencia o impacto que discursos políticos podem ter sobre a economia. Ao se tratar de um banco estatal, rumores sobre sua estabilidade podem gerar efeitos imediatos entre investidores e clientes, aumentando a responsabilidade de figuras públicas em suas declarações.
Além disso, a iniciativa do Banco do Brasil abre caminho para um debate sobre a necessidade de responsabilização de autoridades eleitas quando suas manifestações ultrapassam o campo da crítica política e passam a ameaçar a segurança de instituições estratégicas.