Em entrevista concedida na última sexta-feira (6) ao programa Falando Direito, da Rádio Baiana AM 1310, o ex-prefeito de Ilhéus e atual secretário-geral do Progressistas (PP) na Bahia, Jabes Ribeiro, falou sobre o acordo político que o levou a desistir de disputar a Prefeitura de Ilhéus em 2024, mesmo liderando as pesquisas de intenção de voto.

Segundo Jabes, a decisão foi tomada no ano passado após avaliar que a divisão entre duas candidaturas da base oposicionista, a dele e a de Valderico Júnior, favoreceria diretamente a candidatura da ex-secretária estadual Adélia Pinheiro (PT). “Se os dois candidatos mantivessem a candidatura, nós perderíamos as eleições, e a candidata do PT ganharia”, afirmou.

Diante do impasse ao decidir o candidato, Jabes costurou um acordo político em Salvador, com o aval do ex-prefeito ACM Neto. Pelo trato, ele retiraria sua pré-candidatura em troca do compromisso de que, caso Valderico fosse eleito, seu grupo apoiaria o candidato do PP a deputado federal em Ilhéus nas eleições de 2026. “Esse acordo foi aceito por ACM Neto e, para mim, é inegociável”, destacou Jabes.

Além de falar sobre os bastidores da política, o ex-prefeito também comentou a atual gestão municipal e disse que tomaria decisões diferentes se estivesse no lugar do prefeito Valderico Júnior. Uma delas seria a antecipação do planejamento para o projeto “Ilhéus 500 anos”, que propõe um pacote de obras estruturantes com foco no desenvolvimento urbano.

Jabes citou entre as ações prioritárias a requalificação das orlas Sul e Norte, além da reforma e modernização da Central de Abastecimento do Malhado. “Essas são ações que, se iniciadas agora, podem ser entregues como legado para as próximas gerações”, afirmou.

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