Os dados foram divulgados nesta terça-feira (31) no Atlas da Violência, publicação elaborada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e o Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN).

O país registrou um crescimento de 35% no total de mortes por causa indeterminada entre 2018 e 2019. O número pode refletir em uma subnotificação dos 45.503 homicídios registrados no país nesse período. De acordo com o Atlas da Violência deste ano, entre os anos de 2009 e 2019, 623.439 pessoas foram vítimas de homicídio no Brasil. Deste total, 333.330 vítimas eram adolescentes e jovens, o que equivale a 53%.

O número representa um jovem morto em território brasileiro a cada 17 minutos.Somente em 2019, 23.327 jovens foram vítimas de homicídios no Brasil, sendo que 93,9% eram homens.

Os dados foram divulgados nesta terça-feira (31) no Atlas da Violência, publicação elaborada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e o Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN).

Apesar do número representativo de jovens assassinados, o ano de 2019 teve um recuo de 24,3% nas mortes violentas praticadas contra pessoas com idades entre 15 e 29 anos na comparação com o ano anterior. Segundo o estudo, a taxa de homicídios a cada 100 mil jovens passou de 60,4 para 45,8.

A queda no número de homicídios de jovens é reflexo da diminuição em todos os Estados, exceto o Amazonas, que teve aumento de 5,4% nos assassinatos de pessoas de 15 a 29 anos em 2019 na comparação com o ano anterior.

O Espírito Santo foi o Estado que teve menor redução, caindo 7,7%, enquanto Roraima foi o que mais reduziu, registrando queda de 56,5% na violência letal contra a juventude.

Com relação a taxa de homicídios entre os jovens para um grupo de 100 mil habitantes, o Amapá é o Estado com o pior índice: 101,8. Na outra ponta está o Estado de São Paulo, com o menor índice do país (12,5). A taxa de homicídios entre os jovens no Brasil é de 45,8, conforme os dados de 2019.