A Rua do Carneiro, em Ilhéus, tornou-se o palco de um protesto peculiar. Ali, a ausência de pavimentação é um testemunho físico do descaso enfrentado pelos moradores, apesar da promessa de melhorias. A situação, no entanto, não é única: outras vias, como a Rua Santarém, Avenida Canavieiras, Avenida Cadeias 02, Avenida Candeias 01, Rua Aliança e Rua Água Preta, além da Rua São Francisco, unindo o mesmo destino desolador.
A indignação dos moradores é evidente, e eles encontraram na falta de pavimentação uma forma de protesto. Essa atitude calorosa é, na verdade, uma denúncia explícita da falta de planejamento, do descaso e da ausência de comprometimento da prefeitura de Ilhéus com a população dessas localidades.
O governo do estado, em um gesto de boa vontade, destinou-se verbalmente para a realização de obras nessas ruas esquecidas. O convênio N° 120/2022, firmado entre o município e o governo estadual, prevê um montante total de $3.190.292,93 para transformar a realidade dessas comunidades. No entanto, apesar do dinheiro ter sido repassado, as obras permaneceram apenas no papel.
Não se trata apenas da Rua do Carneiro, mas de todo um conjunto de vias que deveriam ter sido beneficiadas pelas obras. A população clama por respostas, exigindo que a administração municipal cumpra o seu papel, implementando as melhorias que foram prometidas.
A falta de infraestrutura não é apenas um incômodo estético, mas uma violação do direito básico dos cidadãos a uma vida digna. A prefeitura de Ilhéus deve prestar contas à comunidade e tomar medidas imediatas para garantir que o dinheiro destinado às obras seja utilizado conforme o previsto, transformando essas ruas esquecidas em locais seguros e dignos para seus habitantes.









