O antiviral Remdesivir é o primeiro medicamento aprovado para uso em pacientes hospitalizados.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou, nesta sexta-feira (12), o registro do primeiro medicamento para pacientes hospitalizados com Covid-19, o antiviral remdesivir.

O que é o Remdesivir e como será administrado:

  • É um antiviral usado de forma intravenosa (injetado);
  • Ele funciona impedido replicação do vírus;
  • No Brasil, deve ser usado em adultos e adolescentes com mais de 40 kg hospitalizados com pneumonia;;
  • Nos EUA, é suado desde novembro. OMS desaconselhou o uso;
  • Não poderá ser administrado em paciente que esteja em ventilação mecânica;

O medicamento poderá ser usado, segundo o registro, em adultos e adolescentes com mais de 12 anos e que pesem pelo menos 40 kg, hospitalizados com quadro de pneumonia, e que requerem administração suplementar de oxigênio, mas desde que o paciente não esteja em ventilação mecânica.

Um estudo usado pela Anvisa para justificar a liberação apontou que os pacientes que tomaram o medicamento se recuperaram mais rapidamente que os demais: os que receberam o remdesivir tiveram melhora clínica em 10 dias, enquanto que os que não receberam a terapia tiveram melhora em 15 dias.

Nos estudos, nenhum dos pacientes que utilizou o antiviral morreu. Entre os efeitos adversos, foi observado, em alguns casos, toxidade no rim.

O Remdesivir é produzido pela biofarmaceutica Gilead Sciences e trata-se de um medicamento sintético usado de forma intravenosa (injetado na veia). Ele age impedindo a replicação viral.

“Isso [registro do medicamento] é fruto de uma eficácia, segurança e qualidade apresentadas”, afirmou o gerente Geral Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa, Gustavo Mendes.

Apesar de o registro ter sido concedido nesta sexta, o especialista em Regulação e Vigilância Sanitária da agência, Raphael Sanches, afirmou que “ainda restam algumas pendências” que estão sendo pesquisadas sobre o produto, como o comportamento do insumo farmacêutico ativo, mas que a segurança e eficácia já foram comprovadas.

O medicamento pode ser armazenado em temperatura ambiente e com prazo de validade de 36 meses. O seu tratamento deve ser utilizado por no mínimo 5 dias e no máximo 10 dias.